domingo, 28 de agosto de 2011

EU, ESTÔMAGO


Morar no estômago não é para qualquer um. É assim que me sinto, morando no meu estômago. Não sou cérebro, não sou coração e nem sou pulmão, sou apenas ele e ele sou eu. Há dias vivo apenas para ele. Meu Estômago-Casa, meu Estômago-Templo, meu Estômago-Eu. Nada de dores de cotovelos e amores não solucionados, nada de dívidas não solvidas e nem solidões mal digeridas. Apenas bactérias, um motim delas. Estrebucho e me esvaio em litros de descarga. Foi-se embora alguns quilos, foi-se embora também todas as dores.  Restará apenas osso, carcaça e alma.

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